Escrita durante uma crise de ansiedade na pandemia, a cantora - revelação do pop alternativo - faz da música um pedido de sossego para a alma
A arte sempre fez parte da vida de Jenni Mosello, que nasceu no Brasil, mas viveu até os 12 anos de idade em Roma, na Itália - um dos principais centros artísticos do mundo. Rodeada por museus, exposições e grandes obras da história da arte, a jovem, filha de pai italiano e mãe brasileira, começou ali a construir seu repertório cultural e despertar o interesse por esse universo.
Vice-campeã do The X-Factor Brasil e revelação do pop alternativo, a artista fez da música “C. Alma”, um pedido de sossego para a alma e representa esse conflito interno na faixa e no clipe, que já estão disponíveis em todas as plataformas digitais. ““Eu estava passando por um momento difícil, como muitos durante essa pandemia, e precisava colocar essa ansiedade para fora”, disse ao Axé Pop.
Confira a entrevista na íntegra:
Bertoreal na mídia: Conta para a gente de como surgiu a ideia do seu novo single C. Alma?
Jenni: A música surgiu em um dos momentos em que eu mais precisava de calma. Eu estava em uma das minhas piores crises de ansiedade do último ano, claramente por tudo o que está acontecendo, e escrever essa música foi um movimento muito catártico pra mim. Foi tudo o que eu queria ouvir e pedir para mim mesma, como um grito de ansiedade. Foi um grito para a minha alma, porque eu não estava mais me encontrando onde eu estava. E foi muito bom pra mim, porque me ajudou a passar por aquela fase que eu estava vivendo.
Bertoreal Na Mídia: O que essa música representa para você?
Jenni: É justamente esse grito de liberdade, de socorro, para minha alma me trazer mais calma, porque o que eu mais sinto falta é de mim mesma. E no exato momento em que eu compus essa música eu ficava muito mal, e poder escrever que me ajudou a enxergar uma luz.
Bertoreal Na Mídia: Além de cantar, você também compõe! Como é o processo criativo de suas composições? Tem alguma inspiração?
Jenni: Depende muito da composição. Quando é um trabalho para mim, eu gosto de “me estudar”, falar de coisas que estou vivendo, contando minha história, minhas emoções. Mas, como também sou compositora para outras pessoas, eu busco entender o que a pessoa quer com a música; se é para dançar, refletir. E conhecer mais a própria pessoa, para compor o mais próximo dela, para ser fruto das vivências dela.