Delacruz tem feito história com seu aclamado álbum Vinho. Após atingir milhões de plays e esgotar praças como Rio e São Paulo, o artista leva para diversas cidades do país uma cenografia imersiva para o público.  Com direção de arte e cenografia assinada por Carol Agyar, co-direção de arte de Natalia Neve, produção de objeto de Kae Catalao o cenário da turnê dá continuidade e traz expansão ao universo criado para o álbum visual lançado em 2024.

“O vinho sempre esteve no centro desse conceito — mais do que uma bebida, ele carrega simbolismos de abundância, intimidade, celebração e potencial criativo. E aqui, uma curiosidade: o nome do álbum só foi definido ao final da gravação, como se o próprio processo artístico precisasse maturar, tal qual o vinho, até revelar sua identidade definitiva. Essa organicidade também guiou a concepção da cenografia do show, que traduz esse imaginário em um espaço que remete a um templo contemporâneo, onde o luxo e o clássico dialogam com referências visuais da arquitetura, musicalidade e arte brasileira, periférica e favelada”, afirma Carol Agyar

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As cores e texturas do vinho — desde os tons profundos da bebida até as representações centenárias de seus processos e consumo — inspiram a composição do cenário. Os tapetes, mobiliários e iluminação transitam entre o vintage e o moderno, criando um equilíbrio entre tradição e contemporaneidade. Já os fundos texturizados, como tijolos aparentes e superfícies em construção, evocam um ambiente bruto e autêntico, que protege toda a realeza desse universo. “A presença marcante das plantas, tão habituais nos quintais, casas e morros do Brasil, reforça essa estética, trazendo o natural e o orgânico para dentro da narrativa visual. Cada elemento foi pensado para evocar o tempo, a transformação e o encontro”, completa Carol.

A arte brasileira também é um pilar essencial desse espaço. “Se nas representações mitológicas de Dionísio e do vinho vemos constantemente obras que retratam corpos e realidades europeias, aqui, ressignificamos essa visão. Para nós, obra de arte tem outra referência. As criações de MULAMBÖ, Hebert Amorim, Edu Ribeiro, Albarte e Sofia Rocha foram incorporadas à cenografia do álbum, reafirmando a identidade visual que permeia o projeto desde sua concepção. Essas obras carregam a grandeza e a voz dos nossos, expressando a força criativa e, ao mesmo tempo, as denúncias e mensagens que só a arte é capaz de catalisar”.

“Agora, esse conceito se expande para os palcos, atravessando cidades e ressignificando cada apresentação como um encontro entre arte, música e narrativa visual. A turnê não apenas leva esse universo adiante, mas convida o público a entrar nele, a vivê-lo. Porque sempre foi criado por e para nós”, finaliza.