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Maria Luiza Jobim: A Evolução de uma Relação Musical e Afetiva com o Legado de seu Pai

A cantora de 37 anos aborda diversos aspectos de sua vida pessoal e profissional na entrevista, incluindo a inspiração musical familiar e como foi todo o processo para entrar neste mundo.

17/09/2024 às 15h30
Por: Redação Fonte: Assessoria de comunicação
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Foto de: Ivan Erick
Foto de: Ivan Erick

Por muitos anos, a obra de Tom Jobim foi intocável para sua filha, Maria Luiza Jobim. Em entrevista ao Glamour, ela revela que o processo de se reconectar com esse legado tem sido gradual e profundo. "Minha relação com o meu pai já passeou por muitos lugares", explica Maria Luiza, que construiu sua carreira inicialmente afastando-se das influências do pai, buscando se firmar com sua própria identidade musical, sobretudo através da música eletrônica.

"Quando comecei com a música eletrônica, fui no movimento de me descolar completamente dele", conta. Esse afastamento, segundo ela, foi uma forma saudável de se distanciar de uma figura tão grandiosa e, ao mesmo tempo, encontrar sua própria voz. Tom Jobim, um dos maiores nomes da música brasileira, sempre foi uma "árvore frondosa" na vida de Maria Luiza, o que a levou a um processo natural de autodescoberta.

No entanto, ao longo dos anos, a artista passou a revisitar esse legado com novos olhos e um coração mais tranquilo. "Aos poucos, fui fazendo as pazes, me sentindo segura para transitar e tocar na obra dele", confessa. À medida que o centenário de Tom Jobim se aproxima, em 2027, essa conexão tem se fortalecido, e Maria Luiza se sente mais à vontade para explorar essa herança musical, tão presente em sua vida e carreira. "O meu trabalho esbarra no dele, porque é de onde eu vim, ele é a minha origem", reflete.

Essa nova fase não é apenas sobre reviver o legado do pai, mas sobre apropriar-se dele de maneira única e autêntica. Muitas das músicas que Maria Luiza apresenta em seus shows ou já gravou são faixas com as quais ela tem uma ligação íntima, que fazem parte de sua jornada pessoal e artística. "Eu tinha medo de ficar uma coisa mimética, de estar reproduzindo alguma coisa dele. Agora, me sinto inteira e segura o suficiente para encostar naquilo que é sagrado", afirma, mostrando que a evolução de sua relação com a obra de Tom Jobim é uma celebração de sua própria liberdade criativa.

O público agora pode esperar por um reencontro emocionante entre o legado de Tom Jobim e a sensibilidade única de Maria Luiza, em uma fase onde o respeito, a segurança e o amor pela música de seu pai se entrelaçam com sua própria arte.

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